Frágil alma que guardo em meu peito
A trepidar incerta nas tormentas da vida
A desesperar-se insone no leito
A despertar exangue nesse sofrer sem medida.
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Clamo ao Alto por amparo
Algum alívio na escuridão de meus dias
Algum afeto nesse mundo tão avaro
Uma voz generosa que me responda à agonia…
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Quando enfim, exausto, calei minha desdita
Um cicio suave afagou meus ouvidos:
__ Aqui estou; dize de que necessitas.
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E em chagas Te rogo, agora
Livra-me dessa dor – que me consome
Livra-me dessa febre – que me devora.
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Leandro Ciccone
janeiro de 2023