Nuvens carregadas, prenhes de chuva,
De raios e ventos, de garoas e tempestades.
Fúria dos elementos que fecunda a terra
E desaba em torrentes, ou goteja das folhas,
E corre pelo chão, e se funde com a terra
E reveste de lama os caminhos
Fria umidade que cai em flocos brancos
Quando o calor se ausenta do ar
Quando o ar se ressente da languidez do sol.
Do sono embalado pelo tamborilar da chuva no telhado
Ao respirar desoprimido em meio ao cheiro de terra molhada
Dos ribombares soturnos do céu em cataclismo
Aos transbordamentos das várzeas que restauram o solo.
Chuva que sempre impacta o mundo
Na tempestade destrutiva ou na garoa mais fina.
Leandro Gonsales Ciccone
19.02.2019
GRANCARUSO 